segunda-feira, 23 de maio de 2016

Ameaças à Medicina Contemporânea

Fragmentos diversos


I. A Idéia mais perigosa do Mundo!

Segundo Margaret Somerville, "A idéia mais perigosa do mundo é achar que não há nada de especial no ser humano".http://medicinaefilosofia.blogspot.com.br/search…
Um exemplo bem claro das razões distorcidas de tal pensamento pode ser visto abaixo, num trecho selecionado do famoso bioeticista Peter Singer, grande colaborador para o que entendo ser A MORTE DA MEDICINA.
"Do fato de que o bebê deficiente é um membro da espécie Homo sapiens, deduz-se que ele deve ser tratado de forma diferente quando comparado a um porco ou a um cachorro. Fazer parte de uma espécie, simplesmente, não é moralmente relevante. Humanos que creditam valor superior à vida dos seres humanos, somente por serem membros de sua própria espécie, estão fazendo juízo de forma semelhante à dos brancos racistas que creditaram valor superior à vida dos brancos como eles, meramente por serem membros de sua própria raça... Se colocarmos de lado a obsoleta e errônea ideia de que toda vida humana é sagrada, nós podemos começar a olhar a vida humana como ela realmente é, podemos começar a olhar a qualidade de vida que cada ser humano possui ou pode alcançar." Peter Singer.

II - Fundações Judaico-Cristãs e Hipocráticas

"A Era Dourada da Medicina foi construída sobre as fundações éticas judaico-cristãs e sobre a tradição hipocrática. Ela floresceu por causa dessa fundação. Em qualquer lugar ou tempo no qual tal fundação tenha sido abandonada, a medicina cedeu espaço ao barbarismo e à superstição."
Hugh Flemming. POST-HIPPOCRATIC MEDICINE: THE PROBLEM AND THE SOLUTION. How the Christian Ethic has Influenced Health Care.
Abordo temas semelhantes no livro "A Morte da Medicina" (http://videeditorial.com.br/a-morte-da-medicina ) e, em breve, no livro "A Tradição da Medicina", a ser lançado pela Editora Monergismo, capitaneada pelo Felipe Sabino.

III - Tudo Começa Pequeno...

Sobre os crimes julgados pelo tribunal em Nuremberg:
"Seja quais forem as proporções que tais crimes finalmente tenham assumido, ficou evidente a todos aqueles que os investigaram que eles (os crimes) partiram de discretos inícios. No início, tudo não passava de uma sutil mudança de foco na atitude básica dos médicos. Começou com a atitude de aceitação - básica para a eutanásia - de que existia algo como uma vida indigna de ser vivida... A questão levantada por tal fato é se há sinais de alerta de que médicos americanos também tenham sido infectados pela filosofia utilitarista fria e hegelianista, e se traços precoces dessa infecção capaz de levar a medicina a desfechos similares aos dos nazistas podem ser detectados no pensamento médico."
Excerto do artigo: "Medical Science under Dictatorship" de Alexander Leo, MD. Citado em obra recomendada pelo grande Felipe Sabino: A Medicina Pós-Hipocrática, o Problema e a Solução, de Hugh Flemming.